Morar e trabalhar nos Estados Unidos é um sonho que muitos têm em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. Todos os dias, brasileiros estão tentando validar seus diplomas na esperança de realizar o tão almejado ‘sonho americano’.
“Sim, é possível validar seu diploma e construir uma carreira nos Estados Unidos”, diz Dani Lopez, uma biomédica brasileira que mora na Flórida há sete anos e que passou por todo o processo de validação de diploma para viver nos EUA. “Muitas pessoas acham que validar um diploma é difícil, às vezes impossível, mas não é. É mais simples e rápido do que se imagina. Imigrar legalmente não é caro e está relacionado ao processo de validação do diploma”, enfatiza a empresária.
Como CEO da ‘Valida USA’ (www.validausa.com), Dani fundou a empresa para auxiliar estrangeiros nessa jornada, com base em sua própria experiência. Ela tentou seguir um guia que encontrou na internet em 2014, mas descobriu que na prática não funcionava tão bem. Após superar todas as dificuldades, ela começou a orientar outros profissionais na validação de diplomas de ensino superior, técnico e especializações (mestrados e doutorados), e hoje profissionais de diversas áreas têm seus currículos validados nos EUA.
Dani compartilha sua história: “Sou biomédica, nasci no Rio de Janeiro, mas passei em um concurso público e fui morar em Rondônia. Em 2014, comecei a busca pela validação, e em 2015 já estava validada. Planejei minha mudança para os Estados Unidos e passei por todo o processo até obter a licença profissional. Foi devido às dificuldades que enfrentei na época que decidi criar a ‘Valida USA’ para auxiliar imigrantes”.
Validação e imigração são processos distintos, esclarece Dani. “São duas caixas diferentes: o processo de validação é uma caixa e a imigração é outra. Ter uma carreira pode ajudar no processo migratório, mas não garante automaticamente o status de imigrante”, enfatiza.
Algumas profissões, como médico e advogado, além da validação do diploma, requerem uma licença para praticar nos Estados Unidos. Com um diploma validado, há duas opções: obter um visto através de um empregador que o patrocine ou investir em um visto ‘EB2-NIW’ com base na capacidade profissional ou na experiência e abrir um negócio próprio, por exemplo.
Dani explica o caminho da validação: “Uma vez que você valida seu diploma, sua profissão é reconhecida nos EUA, seja completamente ou parcialmente, dependendo se você concluiu o curso ou se precisa complementar sua educação, o que pode variar de acordo com o estado. As pessoas costumam perguntar: ‘Já validei meu diploma, qual é o próximo passo? Obter uma licença profissional ou abrir um negócio?'”
A tradução dos documentos é o primeiro passo, e eles precisam ser traduzidos por um tradutor público juramentado para conceder autenticidade legal. Isso inclui documentos como certidões de nascimento ou casamento, carteira de identidade, histórico escolar completo da graduação, declaração de conclusão do curso, diploma e certificações de conselhos regionais (para profissões regulamentadas).
Enquanto no Brasil os tradutores juramentados podem ser encontrados nas juntas comerciais dos estados, nos Estados Unidos, as universidades mantêm listas de tradutores certificados. No entanto, os serviços de tradução nos EUA tendem a ser mais caros. Por isso, Dani recomenda que todo o processo seja iniciado e concluído no Brasil.
A validação do diploma é o primeiro passo para alcançar a “certificação e licença”, que permite que o candidato exerça uma determinada profissão nos Estados Unidos. O processo é semelhante ao controle realizado no Brasil pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Para obter essa certificação, os candidatos são submetidos a exames (com custos). O domínio do inglês é fundamental em algumas profissões, embora os requisitos possam variar de acordo com o estado. O exame também avalia o nível de proficiência em inglês. A emissão do certificado leva de 5 a 12 meses e é válida apenas no estado em que o diploma é reconhecido.
Sobre Dani Lopez: biomédica de formação, ela fundou a Valida USA para auxiliar imigrantes a validar seus diplomas e construir carreiras nos Estados Unidos. Ela faz parte do painel de palestrantes do Encontro de Negócios das Américas – ECON – evento que ocorrerá no mês de novembro, nas cidades de Natal, João Pessoa, Recife e Brasília.