Orlando registra recorde de relâmpagos. Cidade tem uma das maiores densidades de raios nos Estados Unidos

Relatório aponta que Aeroporto de Orlando foi o segundo com mais horas de alerta por raios no país, e condado de Polk teve o maior número absoluto de descargas elétricas

Orlando confirmou sua fama de “capital das tempestades” em 2024. Segundo o Relatório Anual de Relâmpagos da empresa Xweather/Vaisala, a cidade foi a segunda com maior densidade de relâmpagos nos Estados Unidos, com média de 1.072 descargas elétricas por milha quadrada — o equivalente a mais de 400 por quilômetro quadrado, atrás apenas de Teague, Texas com 735/km².

O estudo também mostrou que o condado de Polk, na região metropolitana de Orlando, registrou o maior número absoluto de raios em todo o país, somando mais de 850 mil descargas em 2024.

Já o Aeroporto Internacional de Orlando (MCO) aparece como o segundo aeroporto dos EUA com mais horas de interrupção operacional devido ao risco de raios: foram 109 horas no ano, atrás apenas do aeroporto de Miami (MIA), que registrou 115 horas.

Entenda por que Orlando lidera os índices

A localização geográfica da Flórida — entre o Golfo da Flórida e o Oceano Atlântico — e seu clima subtropical úmido fazem da região um verdadeiro “imã” para tempestades. O calor intenso e a umidade formam as condições ideais para o surgimento de nuvens carregadas e descargas elétricas.

O fenômeno não é novo. A Flórida é conhecida há décadas como a “capital dos raios” dos Estados Unidos. Mas os números de 2024 chamam a atenção pela intensidade e frequência: em todo o país, apenas três dias do ano não tiveram registro de raios — todos em janeiro.

Com tantos eventos climáticos, a cidade precisou reforçar medidas de segurança. No aeroporto, por exemplo, qualquer raio a menos de 8 km obriga a paralisação das operações em solo por pelo menos 10 minutos, o que afeta embarques, desembarques e movimentação de bagagens.

Eventos ao ar livre, como shows, jogos, festivais e até atividades em parques temáticos também precisam seguir protocolos rigorosos em caso de relâmpagos. Isso impacta diretamente a rotina de moradores e turistas, especialmente nos meses mais quentes, como junho, julho e agosto.

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